Aquele lustre estava empoeirado


Sabe essas carmas improváveis que você acha que nunca vai te acontecer? Afinal você “conservadora” e jamais ficaria com um carinha que já pegou sua lista de amigas toda e a única coisa que você espera é ser agraciada até o leito de morte por se manter longe dessa lista? Pois é, não rolou, transamos e transamos hard.
Em um cineminha do mau, armado intencionalmente para corromper nossas almas fodendo ate o sol raiar, daqueles que só é convidado quem está solteiro e em números pares? Você conhece bem ou já ouviu falar que eu sei. A Cabana era o filme escolhido que obviamente não assistiria; éramos em 10 pessoas, tradução 5 casais já estavam predestinados a saírem dali pelo menos com uma sarrada, eu, sem saber quem eram as 8 pessoas que estariam naquele apartamento minúsculo, afinal só conhecia minha amiga, resolvi esperar todo mundo chegar pra poder escolher minha vítima neh?. Não demora muito começaram a chegar os convidados para esse açoite, o apartamento parecia receber canibais celibatários; eu sempre faço a sonsa de longe, as vezes sendo o centro do assunto, as vezes dando o gatilho de risadas em todos, enrolando até chegar todo mundo para ter certeza que minha escolha será a melhor escolha. As 3 pessoas que faltavam finalmente chegaram, e algumas surpresas se desencadearam , a primeira delas é que a única menina hétero cis tinha chegado, a segunda é que eu já tinha avistado minha vítima entrando pela sala em direção a cozinha onde estava a maioria das pessoas, um homem trans que literalmente era meu número, baixinho, parrudinho, barba bagunçada, cabelo bagunçado de propósito com pomada de modelar; e atrás dele a última surpresa, outro homem trans que já realizou o IBGE em todas as bocas no estado de São Paulo e se orgulha disso, e olha o problema não é se orgulhar, mas sim como se orgulhar, faltava ele por o packer dele na mesa ou bater na cara das mulheres sempre que tinha oportunidade, ele exibia com orgulho o fato de estar solteiro e pegar geral como se cagasse para o mundo, todas que ali estavam já tinham ficado ou transado com ele, menos eu, e dei graças por isso. Antes que o boy que é meu número entrasse na cozinha eu não tinha tirado os olhos deles, fazendo aquele contato visual neh, que sempre funciona, dito e feito, na mesa de centro da sala ele já havia me visto, passou reto deixando de cumprimentar algumas pessoas e vindo na minha direção e o que eu ouvi dele “-Leandra Du Art, você aqui ?” em seguida pergunto seu nome, mesmo já sabendo, ele riu respondendo seu nome e a mesma pergunta eu o fiz, como resposta ouvi “-Eu não sabia o motivo de estar aqui, até te ver.”. Eu liguei a cadeira, dei uma risada e sai da cozinha olhando pra ele em direção a sala sem responder o flerte descarado dele. E na minha cabeça já estava dado, ele já estava na minha; desci para o chão ficando no tapete enorme da sala para interagir com todos; ele termina de cumprimentar o restante das pessoas e com uma duas long neck na mão, ele senta do meu lado me oferecendo uma, eu aceito, e ele pergunta “- Quer ajuda com a tampa”, entendo o jogo de prestação de serviço eficiência e investimento dele em mim, eu digo sim devolvendo para ele a garrafa, ele abre com a boca, ele fica com a tampa na boca por alguns segundos me olhando, eu já havia entendido tudo, peguei delicadamente a tampa da boca dele e a garrafa novamente; brindamos só nós dois de forma bem discreta enquanto os outros estavam interagindo entre eles e alguns já havia se encontrado e formando meio que seus pares, igual quadrilha junina.
A conversa dele era fascinante, articulado, sabia o que estava acontecendo, antenado nas pautas que eu puxava como ativista; eu ali já estava na dele, bastou ele por a mão em meu rosto e eu estava de joelhos o beijando lentamente sentado no chão apoiado no sofá da sala; conversa vai, beijos voltam e a sintonia era de fato boa; um dos assuntos chaves dele e que tinha se separado da namorada ate ai tudo bem neh? relacionamentos acabam, entre a gente nossos celulares no chão, o celular dele toca e ele não percebe, rapidamente olhando para o chão, ligando pra ele estava a dona de um apelido carinhoso bem peculiar, quando a ligação encerra, ainda na tela bloqueada o registro de que ela havia tentado ligar pra ele 19 vezes. Não preciso explicar, preciso ?; Olhando pra ele eu só penso, não creio nisso e me viro pra subir na cadeira de rodas de novamente, gentilmente ele segura em meu braço perguntando onde iria, em seu ouvido sussurrei “-Você tem coisas pra resolver, atenda seu celular”, surpreso e com cara de tacho ele solta meu braço.
Volto a socializar com a galera, pois ainda não havia começado a seção de cinema, o boy que era meu número, ficou tão “deslocado” que em menos de uma hora e meia ele já tinha ido embora depois que pedi que atendesse seu celular; a proposta do filme começa a rolar , as luzes se abaixa e começa o vuco-vuco para se organizar perto de seu parceiro; agora é o parágrafo interessante.
Não sei pelos quais motivos, havia uma menina sem companhia comendo batata frita sozinha num mundo paralelo dela e quem mais sozinho ? SIM SENHORAS E SENHORES, o packer das galáxias e obviamente eu; é sério, eu já comecei a ficar incrédula com o que estava vendo, acho que pressentia a merda que ia rolar. O racionamento de edredons rola, afinal era intencional que os casais ficassem juntos no edredom, eu só peguei o meu sozinha e subi no sofá de dois lugares, uma galera no outro sofá, alguns no chão. E a putaria do universo começa acontecer, o garanhão não tinha sua coberta e pediu igual um cachorro molhado pra ficar junto comigo no sofá, eu de um lado e ele do outro, bem afastados cobrindo nossas pernas que estavam em cima do sofá, fiz minha cara de “te conheço não é de hoje, sei da sua história” e o filme começa; dado seus 20 minutos de filme ele simplesmente pega uma almofada põe nas minhas pernas e se deita. Eu sem entender absolutamente nada, disse pra ele “- Ham?!” e ele pergunta “-Deixa?”, sem responder nada mais já deixando, deixei ele ali deitado em cima de mim. O que acontece que eu estava tão passada com o que tinha acontecido e estava acontecendo que nem notei que ninguém tava assistindo porra nenhuma de filme, ja estava cada um no seu canto sarrando já; aí peguei toda minha indignação e guardei pra mim, a gota d'água e repentinamente o garanhão poe a mão dele na minha coxa já subindo pra minha virilha; eu só pensei, vai que eu morro amanha neh? Debruçando em cima da cabeça dele, eu disse bem baixinho “-Tira a mão daí agora seu filho da puta e bora sair daqui”, deixei a cadeira na sala, sai do sofá e fui para um dos quartos; e ele meio chocado com minha atitude, ainda estava no sofá, no corredor dos quartos eu gritei bem nervosa, pra todos ouvirem “-Você tem o tempo de eu lavar minhas mãos!” a sala inteira entoou um grande, hummm.
Ele vai até o quarto, eu estava de joelhos no chão, que é como eu me locomovo sem a cadeira, ele bate a porta, já ficando de joelhos também me chamando de vadia, pegando-me pela nuca beijando minha boca; eu puxo o cabelo dele com força pra trás levantando a cabeça dele pra lamber seu pescoço; com uma pegada bem forte, ele me tira do chão e literalmente me joga na cama, abrindo o zíper do meu salto alto ele tirou meus sapatos em seguida tirando os seus; ele tira minha blusa e segurando minhas mãos na cama ele beija meu pescoço, peito, lambendo minha barriga. “-Desgraçado” eu digo a ele que se deita na cama; em cima dele eu abro cada botão da blusa dele, o traste era de fato lindo, tinha um sorriso de deixar sem ar, um peito lindo, a cicatriz do sorriso repleto de pelos, aquilo me deixou louca, beijando ele intensamente já de pau duro sem dúvida, desço lambendo sua barriga, abri sua calça, senti o volume do packer dele e já notei que ele estava de cinta, tirei a cueca dele, ele pede um tempo para colocar a vértebra (não vou explicar nenhum desses termos, perguntem nos comentários que alguém vai responder) enquanto ele se preparava eu já estava sem roupa procurando minha bolsinha com lubrificante; ele praticamente ordena que eu fique de 4 pra ele; muito mais alto que eu, ele beija lambendo minha orelha e eu já sinto o pau dele encostar na minha bunda, ele passa a mão no meu cabelo jogando-o para o lado, em seguida beijando minhas costas; recebo o primeiro tapa na bunda aquela noite, eu já estava louca e perdida de tesão, quando ele dá o nome dele chupando meu cuzinho, com o lubrificante encontrado e eu toda babada, ele encaixa o packer e com muito jeitinho o sexo anal é uma delícia, em meio meus gemidos e ritmos acelerados e lentos o fazem gozar e pela primeira vez, que geme deliciosamente com a barriga em minhas costas bem próximo ao meu ouvido. Ele deita, meio sem forças pra conseguir ficar de joelhos na cama de tanto tesão, eu tiro a cinta dele e como se a noite tivesse acabado de começar eu começo o ritual para um dos melhores sexo oral que eu estava me propondo a fazer, lambendo e beijando nessa ordem, parte interna da coxa direita, lábios maiores, pequenos lábios, clítoris, pequenos lábios, lábios maiores, parte interna da coxa esquerda; eu tinha tempo e ele é meu amigo, eu fiz esse vai e vem varias vez enquanto eu o via com as mãos na cabeça gemendo, sua buceta mega molhada, suas pernas se contorciam e ele passou a suplicar “-Me fode”, mas enquanto não o fiz gozar no oral apenas com minha linguá no clítoris dele, não parei de chupar; ele geme muito e goza segurando meu cabelo e com a outra mão o travesseiro. Depois disso aí sim, coloquei ele de lado de bruços na cama, um travesseiro abaixo do seu umbigo, que um um truque de profissional, um joelho pra cima e uma perna plana, eu estava de joelhos em cima da perna plana dele, angulo perfeito, meu pau brincava na sua buceta que babava, tirando e colocando lentamente a cabecinha algumas vezes eu fiquei só pra ouvi-lo gemer e ver seu pezinho levar um sustinho surpresa seguidos de contração daquela bunda linda que eu via, apoiada nas costas dele eu disse “-Pede” e ele incansavelmente pedia para que eu o fodesse, bem devagarinho deixei meu pau entrar todinho, ouvi ele gemer diferente, no meio do gemido ouvi, um delicia que saia da boca dele, meio que sem ar, bombando um pouco mais forte, ele goza a terceira vez; agora sentada sob minhas próprias pernas ele se sente de joelhos em cima do pau, disposto a me fazer gozar, aproveitei que ele olhava em meus olhos e disse morrendo de tesão pra ele que ele não valia nada e que precisava parar e contar vantagem por ser babaca; subindo, descendo, arranhando minhas costas e rindo do que eu dizia ele goza, pela quarta vez me fazendo gozar junto com ele, eu ri como de praxe depois de gozar bem gostoso e ele me beija lentamente, saindo de cima de mim, deitamos na cama, sob seu peito e olhando para o lustre lindo que estava todo empoeirado, confessamos que apesar dos pesares nossa transa seria questão de tempo pra acontecer um dia, acabou que eu nunca vi o filme a cabana, até hoje sabiam?

Comentários