O que as Sereias buscam

Nadei por águas frias da fragilidade
Nadei por águas violentas da não aceitação
Nadei por águas profundas da insegurança
Nadei por águas traiçoeiras da baixa-estima

Busquei no oceano da indiferença um prazer, prazer esse que me manteria viva, segura.
Busquei no oceano pesadelo uma estabilidade, estabilidade essa que me manteria viva, segura.
Busquei no oceano de olhares que me julgavam uma forma de chamar atenção, que prendesse todos os olhares para que eu pudesse levar pra baixo d’água o preconceito.
Busquei no oceano construir o que eu queria moldar pensamentos, desconstruir padrões com algo jamais visto.
Impactar já é uma obrigação e levar uma mensagem é um dever.

Eu vi embarcações cheia deles
Eu vi a morte
Eu vi o ódio
Eu vi a rejeição
Eu vi a prisão

Vi a morte quando lutei pela minha vida quando criança, buscando corrigir minhas as más formações características da minha síndrome
Vi o ódio quando me olhava no espelho e não me sentia confortável com meu reflexo.
Vi a rejeição quando sentia os olhares das pessoas transpassando-me
Eu vi a prisão quando não via expectativa sentada em uma cadeira de rodas condenada

Foto : Tassio Lopes

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